Temas debatidos

16/03/2012 00:01

 

DIÁLOGO 02 – Março 12, 2012: A origem do Universo na visão judaica

 

Conforme já havíamos debatido no primeiro encontro, o Judaísmo não vê problemas na correlação entre Emunah (Confiança) e Razão. Desse modo, ficou evidenciado no debate em questão, que a visão judaica para a origem do Universo, possui uma explicação proporcional à visão retratada pelas teorias científicas.

 

Nesse sentido, sabemos que na Ciência predomina-se a tese de que o Universo teria se originado de uma explosão resultante entre o choque drástico de elétrons, contribuindo para com a criação de outros elementos existentes, assim como tudo o que existe e conhecemos, do simples ao complexo.

 

Entretanto, ao contrário do que muitos imaginam, o Judaísmo a partir de uma visão proposta pela Torah, extraída do livro de Bereshit (Gênesis), declara que o Eterno tudo criou por meio da Sua palavra. No entanto, vemos que a Luz descrita nos primeiros versos de Bereshit, não se refere ao Sol, e a prova para isto estaria no termo utilizado no idioma vernáculo da Bíblia, ou seja, o termo Or, uma alusão a uma luz que se expandiu violentamente (explosão); enquanto o Sol, pode ser visto como Maor (portador de Luz), tendo este, sido criado somente no quarto período da criação universal.

 

Assim, em nosso diálogo, ficou evidenciado que Ciência e Religião, podem estar interligadas, sem separatismos e sem fanatismo teórico. Pois, ambos os lados são dotados de fé, pois, enquanto a Ciência determina que o acaso teria gerado a explosão da criação; a Religião judaica afirma que existiu sim tal explosão, porém sobre o controle e a autoridade de HaShem. Lembrando que o fanatismo não paira em torno somente de fatores religiosos, podendo está atrelado a qualquer grupo que dogmaticamente se feche ferrenhamente em seu campo de visão.

 

DIÁLOGO 01 – Março 10, 2012: Células-tronco

 

No segundo Sábado do mês de Março, aconteceu o primeiro diálogo online do nosso grupo, do qual teve como tônica, os princípios em torno do posicionamento do Judaísmo sobre o estudo das Células-tronco.

 

Desse modo, discutiu-se que tais células possuem a capacidade de se dividirem e promoverem células proporcionais as que estão afetadas por situações congênitas, ou, por meio de imprevistos circunstanciais (acidentes). Assim, debateu-se que os meios de obtenção (extração) para tais células estaminais, não pairam em torno apenas de óvulos fecundado (ponto de polêmica entre as demais religiões), mas do sangue do cordão umbilical ou da medula óssea do indivíduo adulto.

 

Nesse sentido, pautados no argumento do Rabino David Weitman e do Dr. Shimon Slavin, apresentados pela Revista Morashá, constatou-se que tudo aquilo que é realizado para o bem do homem (isto é, sem tirar o direito do outro, inclusive à vida), deve ser visto como ação moral, o que implica dizer, que tais ações devem ser vistas como procedimentos e cunho positivo.

 

Portanto, acredita-se que D’us, ao criar o Universo, propositalmente deixou mecanismos convencionalmente tidos como inacabados, pois, acredita-se que o objetivo foi fazer com que o ser humano, pudesse trabalhar o seu principio de doação, circunstanciado pela necessidade de dedicar-se em tempo e esforço, na intenção de que vivamos em prol um do outro.