Asquenazitas e Sefarditas

Com a segunda Diáspora, propagada por Roma em 135 d.C., os Judeus se espalharam pelo Mundo, em especial pela Europa, para posteriormente partirem para as Américas. Desse modo, podemos destacar dois grupos: os Sefarditas (ספרדים – singular: Sefardi; plural: Sefardim) e os Asquenazitas (אַשְׁכֲּנָזִי – singular: Ashkenazi; plural: Ashkenazim); que, no entanto, povoaram cerca de três continentes distintos.

Nesse caso, os Sefarditas, nome que pelo qual já carrega o significado alusivo a “Península Ibérica”, povoaram o oeste-europeu, a exemplo de Portugal e Espanha. Sendo que, a partir de 1492, com a intensificação das perseguições e das Inquisições, passaram a povoar a Holanda, o Norte da África, e as Américas (em especial o Brasil), e em muitos casos, foram mortos e submetidos a conversões forçadas ao catolicismo, sendo conhecidos também, pelos termos de Marranos ou cripto-Judeus (por praticarem o Judaísmo secretamente para fugirem das inquisições).

Enquanto os Asquenazitas, é um termo em alusão a “Alemanha”, destinados aos Judeus provindos da parte central da Europa, incluindo o leste-europeu. São de fato, o mesmo grupo de Judeus que passaram pelo sufoco do Holocausto, ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial (1939–1945).

Assim, percebe-se que os Judeus não apenas se dividem quanto ao aspecto religioso (segmentos doutrinários), mas também, quanto aos princípios étnico-geográficos, considerando a sua miscigenação frente às camadas diversas da população europeia. Lembrando que, muitos entre os Sefarditas povoaram o Brasil, a começar de Pedro Álvares Cabral e Fernando de Noronha, além de que, os holandeses que habitaram o Brasil (em Recife), são também Sefarditas que fugiam das perseguições na Europa, e que ao serem expulsos também do Brasil (pelos portugueses), partiram rumo a América do Norte, aonde vieram fundar, posteriormente, a cidade de Nova York. Enquanto os Asquenazitas, possuem nomes ilustres a exemplo de Karl Marx, Sigmund Freud, Émile Durkheim, Albert Einstein e Lev Vygotsky, além de terem sido um dos primeiros grupos de Judeus a retornarem ao Estado de Israel, reconstituído em 1948.