Identidade Judia

 

 

Quando o assunto paira em torno da discussão sobre a identidade Judia, velhos debates são reacendidos e múltiplos discursos, opiniões e informações são repercutidos. Entretanto, para determinar um indivíduo como Judeu ou não, existe a necessidade de analisarmos vários conjuntos distintos.

 

Desse modo, num conceito religioso, diríamos que o Judeu é todo aquele que nascido naturalmente (ou sendo convertido), pratica a religião Judaica, tal como nos ensina a nossa sagrada Torah. Ou, secularmente, afirmaríamos que o Judeu é todo aquele que nasce Judeu, independente do credo religioso que venha optar posteriormente.

 

Porém, para chegarmos numa proposta aceitável, com um baixo teor de contradição, havemos que diferenciar o Judeu, do praticante de Judaísmo. Nesse caso, podemos citar três tipos de Judeu: o nascido naturalmente (Judeu por etnia); o convertido (Judeu prosélito); e o praticante da religião (Judeu por etnia e religião). Nesse pressuposto, percebe-se que em todos os casos o indivíduo que se encontra em qualquer uma destas três opções deve ser considerado Judeu. Tal como o indivíduo Afrodescendente que se considera como tal, mas, que não pratica os atributos constituintes da cultura africana, assim como o ilustre Barack H. Obama, que é consideradamente afrodescendente, entretanto, não pertence a nenhum ramo religioso de ação afro.

 

Portanto, deve-se entender que o termo Judeu (Israelita ou Hebreu) é atributo para etnia ou povo, e que Judaísmo é designação para a religião em si. Assim, apesar da etnia está vinculada com a religião (para o nosso povo), devemos ter em mente que tais fatores são distintos. Do contrário, um Goy (Gentio) jamais poderia se converter (pois não possui o DNA de Avraham, Yitzhak e Yaakov); e o que possui a genética Judia, se transformaria em um Goy, caso não seguisse a religião. E desse modo, caso nossas incompreensões permaneçam, teremos que riscar de nossa estimada lista de Judeus, nomes como: Einstein, Marx, Engels, Freud, Vygotsky, Durkheim e entre outros, dos quais, orgulhosamente “batemos no peito”, por tê-los como parte de nossa Comunidade.